domingo, 22 de junho de 2014

Análise do setor industrial Brasileiro



    O Brasil cria muitas dificuldades para o exportador, com exceção daquele que quer vender para o Mercosul. Há dificuldade de fluxo de navios, o frete internacional a partir daqui é caro, os portos são deficientes e custa muito mais encher um contêiner. Além dessa dificuldade operacional, há ainda o câmbio valorizado, que tira a competitividade de um produto feito no Brasil. Na China, por exemplo, existe um fluxo logístico altamente vantajoso, além da questão da moeda, desvalorizada em relação ao dólar. O Brasil precisa melhorar a sua infraestrutura e competitividade. No Brasil a carga tributária é muito pesada e novamente tendo a China como exemplo, vemos que lá praticamente não há tributo no processo industrial, sobretudo nos produtos voltados à exportação. As empresas pagam fundamentalmente o imposto de renda – no máximo, de 15%. Aqui, há toda a
quela carga de tributos na cadeia produtiva: ICMS, ISS, PIS, Cofins.
    A perda de competitividade do setor industrial está muito mais ligada ao sistema tributário brasileiro do que a falta de investimentos em máquinas ou pesquisa e desenvolvimento.
    Cada vez mais, grandes grupos nacionais mudam suas sedes para a Europa e os Estados Unidos por causa da tributação que o governo resolveu fazer sobre a transferência de lucros entre empresas do mesmo grupo.

(Excerto da entrevista que Carlos Tilkian, presidente da Estrela, concedeu a Otávio Cabral para a revista Veja edição 2376)

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