segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Curiosidades

1-     Um crocodilo não pode pôr a língua para fora.

2-     O coração do camarão está em sua cabeça.

3-     Em um estudo com 200.000 avestruzes durante um período de 80 anos, ninguém relatou um único caso em que uma avestruz enterrou a cabeça na areia, ou tentou fazê-lo.

4-     É fisicamente impossível para os porcos olharem para o céu.

5-     Se você espirrar muito forte, você pode fraturar uma costela.

6-     Ratos se multiplicam  tão rapidamente que em 18 meses, dois ratos podem ter mais de um milhão de descendentes.

7-     Usando fones de ouvido por apenas uma hora você pode aumentar as bactérias em seu ouvido em 700 vezes.

8-     No curso de uma vida média, durante o sono você pode comer cerca de 70 insetos variados e 10 aranhas, ou mais.

9-     Urina do gato brilha quando exposta à luz negra.

10-  Elásticos duram mais tempo quando refrigerados.

11-  O tubarão é o único peixe conhecido que pode piscar com os dois olhos.

12-  Um gato tem 32 músculos em cada orelha.

13-  O olho de um avestruz é maior do que seu cérebro.

14-  A lula gigante tem os maiores olhos do mundo.

15-  A maioria das pessoas adormece em sete minutos.

16-  O talco é encontrado em rochas e em bebês.

17-  Quando as pessoas correm em círculos nós dizemos que eles são loucas. Quando os planetas fazem isso nós dizemos que eles estão em órbita.

18-  Para a maioria das pessoas soluções são as respostas encontradas. Mas, para os químicos soluções são coisas que ainda estão misturadas.




sábado, 1 de novembro de 2014

Ciclo das Rochas

                                                             


      A crosta do nosso planeta começou por ser rocha em fusão. Vista do espaço, a Terra primordial era uma espetacular bola incandescente. E quando a brilhante camada externa começou a solidificar iniciou-se o ciclo das rochas. Um ciclo que continua ao longo dos tempos até hoje quatro bilhões de anos depois.
      No princípio, todas as rochas da Terra eram ígneas (ou magmáticas). Os vulcões dão origem ao processo mais espetacular de formação de rochas ígneas hoje. Os vulcões trazem a rocha à superfície tanto no ar como debaixo de água, sob a forma de magma a rocha em fusão.
      Por vezes, o magma não chega à superfície. A estas massas de rocha em fusão que arrefecem em profundidade os geólogos chamam de rochas intrusivas para distingui-las das originadas pelos mais visíveis e extrusivos fluxos de lava.
      Como se forma em profundidade podem passar milhões de anos até que o material por cima dela seja elevado e erodido. Mas, com tempo suficiente as rochas intrusivas podem ficar a descoberto e criar paisagens notáveis como o Monte Rushmore no Dakota do Sul (EUA) ou a Stone Mountain na Geórgia (EUA) ou os picos mais altos das Montanhas Rochosas no Colorado (EUA). A Torre do Diabo no Wyoming (EUA) é um exemplo clássico de vulcão que não chegou a emergir. O magma penetrou centenas de metros no arenito mais superficial e depois arrefeceu sem chegar à superfície. À medida que arrefecia, apareceram longas fendas verticais devidas à contração.
      Hoje, milhões de anos depois, o arenito desapareceu por erosão deixando à vista um local espetacular para “Encontros Imediatos do Terceiro Grau”.
      Depois das rochas ígneas se formarem e ficarem expostas aos efeitos da erosão pelo vento, chuva, calor e frio, pequenas lascas e pedacinhos partem-se e são arrastados para o mar ou para o fundo de rios e lagos. E, dado tempo suficiente, grandes depósitos de sedimentos camada sobre camada de fragmentos de rochas ígneas podem ser enterrados, “cozidos” e transformados de novo em rocha. As rochas formadas por esse processo são chamadas de rochas sedimentares. Com o tempo, a areia da praia pode ser enterrada debaixo de sedimentos profundos.
      A pressão e o calor do interior da Terra juntamente com os minerais depositados pela água cimentam os grãos, formando uma rocha chamada arenito. Quando voltam à superfície, os arenitos voltam a ser erodidos e os seus grãos vão ser transportados de novo para outra praia. Muitos dos grãos de areia da nossa praia favorita já estiveram em outras praias no passado distante.
      Os organismos vivos também contribuem para as rochas sedimentares. As plantas morrem e as suas folhas, caules e troncos acumulam-se e formam camadas de carvão.
      Os microrganismos do oceano morrem e os seus esqueletos juntam-se ao material do fundo do mar material esse que eventualmente vai se transformar em rocha sedimentar a que chamamos calcário.
      O arenito, o xisto argiloso e o calcário são as formas mais comuns de rocha sedimentar.
      As rochas ígneas e sedimentares são constantemente recicladas. Na superfície, são erodidas e formam novos sedimentos. Mas, se forem enterradas em profundidade podem ocorrer alterações ainda mais interessantes. O calor, a pressão e o tempo podem fazer com que os átomos de uma rocha se rearranjem em novos materiais mais densos. A grafite converte-se em diamante se estiver enterrada a 160 quilômetros de profundidade. As rochas que foram alteradas depois da sua formação são chamadas rochas metamórficas. Estas rochas contam histórias fantásticas sobre as condições nas profundezas da Terra. Sob a coação da colisão das placas tectônicas camadas de calcário transformam-se em mármore enquanto que o xisto argiloso se transforma em xisto e em cristais de granada e outros minerais de altas pressões.
      Quando estes materiais chegam à superfície começam a sofrer erosão e a formar novos sedimentos e o ciclo inicia-se novamente.

Densidade Demográfica


1º A população do mundo cabe na cidade de São Paulo?



                                                                                              Fonte Data Folha

      Vamos então fazer as contas. O mundo tem atualmente 7,1 bilhões de habitantes. A cidade de São Paulo tem uma área de 1.552,986 km2 ou 1.552.986.000 m2 (um bilhão e quinhentos e cinquenta e dois milhões e novecentos e oitenta e seis mil metros quadrados). Fazendo a divisão, temos 4,7 pessoas por metro quadrado. Se pusermos estas pessoas em pé, uma bem do lado da outra, como em um show de um cantor popular ou no réveillon de Copacabana, poderíamos sim colocar toda a população mundial, metro por metro, na área da cidade de São Paulo (inclusive nos morros, no rio Tietê, no parque do Ibirapuera, no aeroporto de Congonhas, na represa de Guarapiranga, etc.). Mesmo que a população mundial aumente para 14 bilhões de habitantes ainda caberia na cidade de São Paulo se todas ficassem juntinhas (9 pessoas por metro quadrado) como no metrô, em horário de pico. Portanto, os céticos estão certos, pois toda a população mundial caberia na vertical, ombro a ombro, no território paulistano.
      Cada pessoa precisa de uma cama para dormir, se possível um quarto, no mínimo, poderia compartilhar um banheiro, uma cozinha, uma sala, uma dispensa, etc. Ou seja, as pessoas precisam de moradia e toda construção ocupa espaço. As pessoas também precisam de escola, hospitais, mercadinhos ou supermercados, farmácias, lojas diversas, áreas de lazer, ruas, estradas, etc. Ainda tem a energia proveniente das refinarias, do carvão, dos lagos das hidrelétricas, dos insumos agrícolas para o biocombustível, etc.
      O mundo tem 510 bilhões de km2 de área total, sendo 148,9 bilhões de km2 de terra e 361,1 billhões de km2 de água. Portanto, a densidade demográfica é de menos de um habitante por km2 no mundo, mas como vimos, nem toda área terrestre é habitável ou pode ser usada para agricultura e pecuária. Também devem existir áreas destinadas à preservação florestal e à biodiversidade.

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2º Quando um evento reúne uma multidão, surge logo a estimativa do número de pessoas presentes. Quase sempre, quem promove o evento superestima o público presente, se não existir controle de bilheteria ou de portaria.
     A suspeita de números inflacionados fez-me desenvolver estudo da área ocupada por uma pessoa adulta, em formação semelhante à do desenho abaixo:

      Verifica-se que cada um ocupa 0,184m² (0,36m x 0,51m). Uma simples divisão da área (em m²) por 0,184 nos indicará o limite da ocupação, em formação militar ou de passeata.
      No extremo da compactação, como no desenho a seguir, cada um ocupa 0,070m² (0,18m x 0,39m). Uma simples divisão da área (em m²) por 0,070 nos indicará o limite da ocupação.


      A grosso modo, pode-se dizer que, em formação de desfile militar ou de passeata, acomodam-se 6 pessoas por metro quadrado e, em formação compacta (no corredor de um ônibus lotado, por exemplo), 14 pessoas por metro quadrado.


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Um estudo de caso
      Promotores de uma aglomeração carnavalesca alardeavam que estavam reunindo 20.000 foliões na entrequadra da 203-204 Sul, em Brasília. Fui conferir, com a ajuda de foto de satélite, graças ao Google Earth, que a área tem 2.945m² (veja a ilustração abaixo) e que, totalmente tomada, não suportaria além de 16.000 pessoas (2.945÷0,184). As imagens do evento e as observações "in loco" fizeram-me concluir que em nenhum momento a concentração de público atingiu um quarto disso (4.000 pessoas). É bem verdade que, a julgar pela destruição e sujeira deixadas na área, poder-se-ia imaginar que por ali passou uma horda de cinqüenta mil hunos!


Curiosidade

      Sabendo que é possível espremer 14 pessoas em uma área de 1m², podemos imaginar que é teoricamente possível espremer a população mundial (7 bilhões de pessoas) em um quadrado pouco maior do que a cidade de Brasília, pois 7 bilhões ÷ 14 = 500 milhões de m², equivalentes a um quadrado com 22.360m de lado:


      Alguém me perguntou se a população do planeta caberia no estado de Sergipe. A resposta está no item anterior: se a população mundial cabe na cidade de Brasília, muito mais folgadamente cabe no estado de Sergipe, que tem a superfície de 21.910km² = 21,91 bilhões de m². Os 7 bilhões de terráqueos se acomodariam em Sergipe à razão de 0,3195/m², ou pouco menos de 32 para cada 100m², o que significaria uma fileira em que as pessoas estariam a quase 2m de distância uma da outra:


      Por ocasião do réveillon de 2013 (31/12/2012) e da visita do Papa Francisco ao Rio (julho/2013) perguntaram-me se a Praia de Copacabana comportaria 2 milhões ou 3 milhões de pessoas. Eu fui medir a extensão das areias de Copacabana e cheguei à área de 480.000m². E a resposta é sim. A área comporta a aglomeração de 3 milhões de pessoas, com uma densidade de pouco mais de 6 pessoas por m² (densidade de passeata). E, se a multidão tomar também as calçadas e o asfalto da orla, poderemos concentrar ali mais de 4 milhões de pessoas, considerando que a avenida inteira tem cerca de 240.000m² (algo próximo de 4.000m de comprimento x 60m de largura). O que perfaz a superfície de 720.000m² e a capacidade de 4.320.000 pessoas, à densidade de 6/m². Observe-se a ilustração do levantamento da superfície da praia e da avenida:


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Fontes:

- http://www.ecodebate.com.br/2012/08/15/a-populacao-do-mundo-cabe-na-cidade-de-sao-paulo-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

- http://ghiorzi.org/aglom.htm

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Alarmismo ambiental e consumo

05/09/2012 - Veja - 2012

    Muitos previram o fim do mundo nos últimos 200 anos. Thomas Malthus (1766-1834) falava em risco de catástrofe humana. Para ele, como a população crescia em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética, a fome se alastraria. Assim, para controlar a expansão demográfica, Malthus defendia a abstinência sexual e a negação de assistência à população em hospitais e asilos. O risco foi superado pela tecnologia, que aumentou a produtividade agrícola.
    Hoje, o alarmismo vem de ambientalistas radicais. A catástrofe decorreria do aquecimento global causado basicamente pelo homem, via emissões de dióxido de carbono. Em 2006, o governo britânico divulgou relatório de grande repercussão, preparado por Sir Nicholas Stern, assessor do primeiro-ministro Tony Blair. Stern buscava alertar os que reconheciam tal aquecimento, mas julgavam que seria um desperdício enfrentá-lo. O relatório mereceu dura resposta de Nigel Lawson, ex-ministro de Energia e da Fazenda de Margaret Thatcher, hoje no grupo dos “céticos”, isto é, os que duvidam dos ambientalistas. No livro An Appeal to Reason (2008), Lawson atribuiu objetivos políticos ao documento, que não teria mérito nas conclusões nem nos argumentos.
    Lawson afirma que o aquecimento não tem aumentado desde a virada do século e que são comuns oscilações da temperatura mundial. Há 400 anos, o esfriamento conhecido como “pequena era do gelo” fazia o rio Tâmisa congelar no inverno. Mil anos atrás, bem antes da industrialização – que se diz ser origem da mudança climática –, houve um “aquecimento medieval”, com temperaturas tão altas quanto as atuais. “Muito antes, no Império Romano, o mundo era provavelmente mais quente”, assinala. De fato, sempre me chamou a atenção o modo de vestir de gregos e romanos, que aparecem em roupas leves em pinturas da Grécia e de Roma antigas. Nunca vi um deles metido em pesados agasalhos como os de hoje.
    Entre Malthus e os ambientalistas, surgiram outros alarmistas. Em 1968, saiu o livro The Population Bomb, do biologista americano Paul Eherlich, no qual o autor sustentava que o tamanho excessivo da população constituiria ameaça à sobrevivência da humanidade e do meio ambiente. Em 1972, o Clube de Roma propôs o “crescimento zero” como forma de enfrentar a exaustão rápida de recursos naturais. Erlich defendia a redução do crescimento populacional; o Clube de Roma, a paralisia do crescimento econômico. Nenhum dos dois estava certo.
    Em artigo na última edição da revista Foreign Affairs, Bjorn Lomborg, destacado “cético”, prova o enorme fracasso das previsões catastróficas do Clube de Roma. Dizia-se que em uma geração se esgotariam as reservas de alumínio, cobre, ouro, chumbo, mercúrio, molibdênio, gás natural, petróleo, estanho, tungstênio e zinco. As de mercúrio, então sob forte demanda, durariam apenas 13 anos. Acontece que a inovação tecnológica permitiu substituir o mercúrio em baterias e outras aplicações. Seu consumo caiu 98%; o preço, 90%. As reservas dos demais metais aumentaram e outras inovações reduziram sua demanda. O colapso não ocorreu.
    Como o Clube de Roma pode ter errado tanto? Segundo Lomborg, seus membros desprezaram o talento e a engenhosidade do ser humano e “sua capacidade de descobrir e inovar”. Se as sugestões tivessem sido acatadas, meio bilhão de chineses, indianos e outros teriam continuado muito pobres. Lomborg poderia ter afirmado que o Brasil estaria mais desigual e não haveria a ascensão da classe C.
    Apesar de tais lições, volta-se a falar em limites físicos do planeta. Na linha do Clube de Roma, defende-se o estancamento da expansão baseada no consumo de bens materiais. Se fosse assim, inúmeros países seriam congelados em seu estado atual, sem poder reduzir a pobreza nem promover o bem-estar.
    Mesmo que o homem não seja a causa básica do aquecimento, é preciso não correr riscos e apoiar medidas para conter as emissões. Mas também resistir a ideias de frear o consumo. Além de injusta, a medida exigiria impossível grau de coordenação e renúncia ou um inconcebível comando autoritário. Desprezaria, ademais, a capacidade do homem de se adaptar a novas e desafiantes situações.

                                                                                                      Maílson de Nóbrega

Questionário

1- Hoje em dia que pessoas são a causa do alarmismo ambiental? E do que decorreria a catástrofe?

2- Explique o pensamento de Thomas Malthus, quais seriam as causas e as consequências do que ele acreditava? O que ele defendia?

3- Porque o pensamento de Thomas Malthus foi superado?

4- Quem é Nigel Lawson? Quais são seus argumentos?

5- Você concorda com os argumentos de Lawson? Explique.

6- Entre Malthus e os ambientalistas, surgiram outraos alarmistas. Quem são e o que defendiam?

7- O que Bjorn Lomborg provou?

8- Segundo Lomborg, como o Clube de Roma pode ter errado tanto?

9- No texto cita-se o grupo dos céticos, o que você conclui que esse grupo defende?

10- Qual é conclusão  do autor do texto?

11- Qual é a sua conclusão ao ler o texto?

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Desenhos com o tema "Forças da Natureza" das 5º séries

                                     Desenho de Isabela Zampaulo (5ºB)    
                                    Desenho de Isabela Zampaulo (5ºB)
                            Desenho de Laura, Glaúcia e Bárbara (5ºA)

Questionário Guerra Fria


1- Guerra Fria foi o nome dado a um conflito após a Segunda Guerra Mundial (1945) envolvendo dois países que adotavam sistemas político-econômicos opostos: capitalismo e socialismo. Os dois países protagonistas da Guerra Fria são:

a) Estados Unidos e Japão.
b) Inglaterra e União Soviética.
c) União Soviética e Itália.
d) Alemanha e França.
e) Estados Unidos e União Soviética.



2- Discorra sobre as principais características da Guerra Fria.


3- (FMU-SP) O Pacto de Varsóvia, criado em 1955 e extinto em 1991, teve como principal objetivo:

a) Reunir os países socialistas como a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental contra a OTAN.
b) Consolidar a influência soviética sobre os países da Europa Oriental.
c) Conter a influência soviética sobre os países da Europa Oriental.
d) Consolidar a influência socialista na Europa Ocidental.
e) Consolidar a influência capitalista na Europa Oriental.



4-(TERESA D’ÁVILA) A “Guerra Fria” foi a expressão utilizada para caracterizar um tipo de política externa decorrente da:

a) Polarização do mundo em dois blocos político-militares, entre as duas guerras mundiais.
b) Polarização do mundo em blocos interessados na exploração e posse da Sibéria.
c) Polarização do mundo em dois blocos político-militares, após a Segunda Guerra Mundial.
d) Polarização do mundo em dois blocos liderados pela Alemanha, Itália e Japão de um lado e a Inglaterra, Rússia, Estados Unidos e França de outro.
e) A disputa das áreas árticas e antárticas, após a Segunda Guerra Mundial.



5- Quais os dois blocos militares que se formaram durante a Guerra Fria e quais países os lideraram?

a) OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (liderada pelos Estados Unidos) e Pacto de Varsóvia (liderada pela União Soviética).
b) OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (liderada pelos Estados Unidos) e Benelux (liderada pela Bélgica).
c) Pacto de Varsóvia (liderada pela União Soviética) e Tríplice Aliança (liderada pela Alemanha).
d) Tríplice Entente (liderada pelo Reino Unido) e OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (liderada pelos Estados Unidos).



6- (Cesgranrio 94) Marque a opção que apresenta um acontecimento relacionado com as origens da Guerra Fria:

a) Construção do Muro de Berlim (1961).
b) Intervenção militar norte-americana no Conflito do Vietnã (1962).
c) Criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte, OTAN (1949).
d) Eclosão da crise dos mísseis em Cuba (1962). 

e) Invasão da Baía dos Porcos (1961).


7- Foi uma verdadeira histeria anticomunista nos Estados Unidos na década de 5 caracterizada pela perseguição a artistas, intelectuais e políticos com a criação das Listas Negras e a Caça às bruxas:

a) Doutrina Monroe.
b) Doutrina Truman.
c) New Deal.
d) Watergate. 

e) Macartismo.


8- (FUVEST) Qual das seguintes afirmações explica, sucintamente, o fim da URSS?

a) O regime entrou em colapso porque os dirigentes estavam desmoralizados, desde as denúncias de Kruchev no XX Congresso do Partido.
b) O regime deixou de ser sustentado pelo Exército, adversário tradicional do Partido Comunista.
c) A vitória militar dos EUA na Guerra Fria tornou inviável a manutenção do regime.
d) O colapso do regime deveu-se à crise generalizada da economia estatal, combinada com o fracasso da abertura controlada de Gorbachev.
e) Os líderes soviéticos abandonaram a crença no socialismo e decidiram transformar a URSS em um país capitalista.





terça-feira, 26 de agosto de 2014

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Questionário sobre a aula Relevo 2 - Tectonismo e intemperismo


1- Os agentes internos do relevo são responsáveis pela criação ou modificação da fisionomia da paisagem. Um desses agentes é provocado por forças no interior da Terra que atuam de forma lenta e prolongada na crosta terrestre. Entre outras consequências, é capaz de produzir deformações, formação de falhas e de dobramentos na superfície, dando origem a diversos tipos de relevo.
Assinale a opção que corresponde ao agente interno do relevo descrito anteriormente.

a) Movimento tectônico.
b) Epirogênese.
c) Vulcanismo.
d) Desmoronamento.
e) Erosão.

2- Com base em seus conhecimentos sobre a dinâmica de transformação do relevo terrestre, enumere a segunda coluna de acordo com a primeira, identificando a classificação de cada um dos agentes de transformação.

(1) Agentes Endógenos                       (     ) Vulcanismo
                                                             (     ) Intemperismo  
(2) Agentes Exógenos                        (     ) Lixiviação
                                                           (     ) Tectonismo
                                                           (     ) Processos erosivos

A alternativa que corretamente enumera a segunda coluna é:
a) 1-2-2-2-1
b) 1-1-2-2-2
c) 1-2-2-1-2
d) 2-2-1-1-1
e) 2-1-2-1-1

3- Inicialmente, o mundo era um só, existindo apenas um continente denominado Pangeia. Com os passar dos milênios, as ____________________ foram se movimentando, o que proporcionou a fragmentação do gigante continental. Então, dois novos supercontinentes surgiram: a __________________ e a _________________. Mais tarde, as movimentações da crosta continuaram, graças à ação das ____________________, possibilitando a formação dos atuais continentes.

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas acima.
a) Placas Tectônicas, Laurásia, Gondwana, camadas litosféricas.
b) Formações Rochosas, Laurásia, Gondwana, células de convecção
c) Placas Tectônicas, Eurásia, Antártida, movimentações pedogênicas.
d) Formações Rochosas, Eurásia, Hierópolis, movimentações pedogênicas.
e) Placas Tectônicas, Laurásia, Gondwana, correntes de convecção.

4- Do ponto de vista tectônico, núcleos rochosos mais antigos, em áreas continentais mais interiorizadas, tendem a ser os mais estáveis, ou seja, menos sujeitos a abalos sísmicos e deformações. Em termos geomorfológicos, a maior estabilidade tectônica dessas áreas faz com que elas apresentem uma forte tendência à ocorrência, ao longo do tempo geológico, de um processo de:

a) aplainamento das formas de relevo, decorrente do intemperismo e da erosão.
b) formação de depressões absolutas, gerada por acomodação de blocos rochosos.
c) formação de canyons, decorrente de intensa erosão eólica.
d) produção de desníveis topográficos acentuados, resultante da contínua sedimentação dos rios.
e) geração de relevo serrano, associada a fatores climáticos ligados à glaciação.

5- Quais os nomes de limites que podem existir entre as placas tectônicas?

6- O que é intemperismo? Explique.

7-  Descreva o padrão de porte de solo de lugares com climas úmidos.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Questionário - Estações do ano (Pessoal só copiar a pergunta e as repostas que considerarem corretas)

1- São chamados de equinócios:

a) Período do ano em que os hemisférios Norte e Sul são iluminados pelo sol de forma desigual, correspondendo ao início do inverno e ao verão.
b) Período do ano em que os hemisférios Norte e Sul são igualmente iluminados pelo sol e nos quais acontece a primavera e o outono.
c) Dia em que o sol está em zênite e as temperaturas são mais elevadas. Marca também dias e noites iguais.
d) Ocorre no Hemisfério Sul nas seguintes datas correspondentes ao outono e primavera: 23/09 e 21/03.

2- Considere as afirmações a seguir.

I - Quando a Terra está no afélio, maior distância Terra-Sol, é verão para o Hemisfério Sul e inverno no Hemisfério norte. Neste ponto, a velocidade de translação da Terra é maior do que em qualquer outro ponto da órbita.

II - No solstício de inverno para o Hemisfério Sul, a Terra está no afélio. Neste ponto da órbita, a velocidade de translação é a menor, o que também contribui para que o inverno no Hemisfério Sul seja mais longo.

III - O eixo imaginário terrestre está inclinado em 23° 27'. Durante a translação, a Terra ocupa distintas posições no espaço; isto implica um aporte de radiação solar diferenciado ao longo de um ano.

Quais estão corretas em relação aos movimentos executados pela Terra e suas conseqüências?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.

3- A estação do ano caracterizada pelos dias mais longos que as noites é:

a) Inverno
b) Verão
c) Primavera
d) Outono

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Clair Patterson, a idade da Terra e o chumbo



    Clair Patterson morreu em 1995. Ele não ganhou prêmio Nobel por seu trabalho. Geólogos nunca ganham. O mais intrigante é que ele não ficou famoso, e seu meio século de realizações regulares e cada vez mais altruístas não recebeu muita atenção. É bem possível que ele tenha sido o geólogo mais influente do século XX. No entanto, quem é que ouviu falar de Clair Patterson? A maioria dos livros didáticos de geologia não o menciona. Dois livros populares recentes sobre a história da datação da Terra chegam a grafar errado seu nome*. No início de 2001, um resenhista de um desses livros, na revista Nature, cometeu o erro adicional e um tanto espantoso de achar que Patterson fosse uma mulher**.
    Em todo o caso, graças ao trabalho de Clair Patterson, em 1953 todos podiam concordar com a idade da Terra.
    No final da década de 1940, um estudante de pós-graduação da universidade de Chicago chamado Clair Patterson, nascido no meio rural de Iowa, estava empregando um método novo de medição por isótopo de chumbo para tentar descobrir enfim a idade definitiva da Terra. Infelizmente, todas as suas amostras acabaram contaminadas – em níveis absurdos. A maioria continha cerca de duzentas vezes os níveis de chumbo normalmente esperados. Decorreriam muitos anos até Patterson descobrir que o culpado era um lamentável inventor de Ohio chamado Thomas Midgley Jr.
    Midgley desenvolveu um interesse nas aplicações industriais da química. Em 1921, trabalhando para a General Motors Research Corporation, em Dayton, Ohio, Midgley investigou um composto químico denominado chumbo tetraetila e descobriu que ele reduzia substancialmente a vibração conhecida como batida do motor.
    Embora todos conhecessem seus perigos, no início do século XX, o chumbo podia ser encontrado em todo o tipo de produto de consumo. Os alimentos vinham em latas fechadas com solda de chumbo. A água costumava ser armazenada em tanques revestidos de chumbo. Na forma de arseniato de chumbo, era borrifado nas frutas como pesticida. O chumbo fazia parte até do acondicionamento dos tubos de dentifrício. Dificilmente um produto deixava de trazer um pouco de chumbo para a vida dos consumidores. No entanto, nada o tornou mais familiar do que seu acréscimo à gasolina.

    O chumbo é uma neurotoxina. Absorvido em excesso, pode danificar irreparavelmente o cérebro e o sistema nervoso central. Entre os muitos sintomas associados à superexposição ao chumbo estão a cegueira, insônia, insuficiência renal, perda de audição, câncer, paralisias e convulsões. Em sua forma mais aguda, ele produz alucinações abruptas e aterrorizantes, que perturbam igualmente vítimas e expectadores, em geral levando ao coma e à morte. O chumbo no organismo é muito nocivo.
    Por outro lado, é fácil de extrair e manusear, e quase constrangedoramente lucrativo de produzir em escala industrial – e o chumbo tetraetila de fato impedia os motores de baterem. Desse modo, em 1923, três das maiores corporações dos Estados Unidos – General Motors, Du Pont e Standard Oil de Nova Jersey – formaram uma joint-venture, com o nome de Ethyl Gasoline Corporation com vistas a produzir tanto chumbo tetraetila quanto o mundo estava disposto a comprar – uma quantidade enorme ao que se revelou. Eles chamaram seu aditivo de “etilo” porque soava mais amigável e menos tóxico do que “chumbo”, e lançaram-no para consumo público (de mais maneiras do que a maioria das pessoas percebia) em 1º de fevereiro de 1923.
    Quase imediatamente, os operários da produção passaram a exibir o andar cambaleante e as faculdades mentais confusas de quem se envenenou. Também quase imediatamente, a Ethyl Corporation embarcou numa política de negação calma, mas inflexível que lhe seria útil durante décadas. Como observa Sharon Bertsch McGrayne em sua absorvente história da química industrial, Prometheans in the lab (Prometéicos no laboratório), quando os funcionários de uma fábrica desenvolviam delírios irreversíveis, um porta-voz imperturbável informava aos repórteres: “Esses homens provavelmente enlouqueceram porque trabalharam demais”. No todo, pelo menos quinze trabalhadores morreram no início da produção de gasolina com chumbo e um sem-número de outros adoeceu, muitas vezes violentamente. O número exato é desconhecido, porque a empresa quase sempre conseguia abafar notícias de vazamentos embaraçosos. As vezes, porém, suprimir as notícias se tornava impossível, mais marcadamente em 1924, quando, em questão de dias, cinco trabalhadores da produção morreram e outros 35 foram transformados em pilhas de nervos vacilantes em uma única instalação mal ventilada.
    Com a circulação de rumores sobre os perigos do novo produto, o entusiasmado inventor do etilo, Thomas Midgley, decidiu realizar uma demonstração aos repórteres para desfazer suas preocupações. Enquanto discorria sobre o compromisso da empresa com a segurança, despejou chumbo tetraetila nas mãos e, em seguida, segurou uma proveta com o produto sob o nariz por sessenta segundos, garantindo que poderia repetir o procedimento todos os dias sem perigo. Na verdade, Midgley conhecia perfeitamente os riscos do envenenamento por chumbo: ele próprio adoecera gravemente devido à superexposição, alguns meses antes, e, exceto na demonstração aos jornalistas, evitava na medida do possível o contato com a substância.
    Entusiasmado com o sucesso da gasolina com chumbo, Midgley voltou-se para outro problema tecnológico da época. Os refrigeradores na década de 1920 costumavam ser terrivelmente arriscados, porque usavam gases perigosos que às vezes vazavam. Um vazamento num refrigerador em um hospital em Cleveland, Ohio, em 1929, matou mais de cem pessoas. Midgley resolveu criar um gás que fosse estável, não inflamável, não corrosivo e seguro de respirar. Como misteriosamente predestinado a criar coisas nefastas, ele inventou os clorofluorcarbonos, CFCs.
    Raramente um produto industrial foi adotado com maior rapidez e com resultados tão desastrosos. Os CFCs entraram em produção no início da década de 1930 e encontraram mil aplicações em tudo, de ares-condicionados de carros a sprays de desodorantes, até que se descobrisse, meio século depois, que estavam devorando o ozônio da estratosfera. Você deve saber que isso não foi bom.
    O ozônio é uma forma de oxigênio em que cada molécula porta três átomos de oxigênio, em vez de dois. Trata-se de uma excentricidade química, já que no nível do solo ele é um poluente, enquanto lá em cima na estratosfera é benéfico, pois absorve a radiação ultravioleta perigosa. No entanto, o ozônio benéfico não é terrivelmente abundante. Se distribuído de maneira uniforme pela estratosfera, formaria uma camada com apenas uns dois milímetros de espessura. Daí ser tão facilmente perturbável, e essas perturbações não levam muito tempo para se tornarem críticas.
    Os clorofluorcarbonos tampouco são abundantes – constituem apenas cerca de uma parte por bilhão da atmosfera como um todo -, mas são extravagantemente destrutivos. Um quilo de CFCs consegue capturar e aniquilar 70 mil quilos de ozônio atmosférico. Os CFCs perduram por longo tempo – cerca de um século em média -, causando destruição em quanto isso. Eles também são grandes esponjas de calor. Uma única molécula de CFC é cerca de 10 mil vezes mais eficiente em exacerbar os efeitos estufa do que uma molécula de dióxido de carbono – e é claro que o dióxido de carbono não é nada lento como um gás de estufa. Em suma, os clorofluorcarbonos podem acabar se revelando uma das piores invenções do século XX.
    Midgley não veio a saber disso tudo, porque morreu muito antes de qualquer pessoa perceber quão destrutivos eram os CFCs. Sua morte foi memoravelmente incomum. Após sofrer de paralisia devido à poliomielite, Midgley inventou um dispositivo envolvendo uma série de roldanas motorizadas que automaticamente o levantavam e o viravam na cama. Em 1944, ele ficou embaraçado nas cordas, quando a máquina entrou em ação, e foi estrangulado.
    Enquanto isso, Harrison Brown, da Universidade de Chicago, desenvolveu um método novo de contar isótopos de chumbo em rochas ígneas (aquelas criadas por aquecimento, e não por depósito de sedimentos). Percebendo que o trabalho seria excessivamente tedioso, entregou-o ao jovem Clair Patterson como tese de doutorado. É famosa sua promessa a Patterson de que determinar a idade da Terra com seu novo método seria “sopa”. Na verdade, levaria anos.
    Patterson começou a trabalhar no projeto em 1948. Comparada com a contribuição heroica de Thomas Midgley à marcha do progresso, a descoberta da idade da Terra por Patterson possui um toque de anticlímax. Durante sete anos ele trabalhou em laboratórios esterilizados, fazendo medições muito precisas das taxas de chumbo/urânio em amostras de rochas antigas cuidadosamente selecionadas.
    O problema da medição da idade da Terra era que se precisava de rochas extremamente antigas, contendo cristais portadores de chumbo e urânio mais ou menos tão antigos quanto o próprio planeta – é óbvio que rochas muito mais novas forneceriam datas enganosamente recentes. Mas rochas antigas de fato são difíceis de encontrar na Terra. No final da década de 1940, ninguém entendia porque eram tão raras. É incrível que só quando já estávamos em plena era espacial alguém tenha conseguido dar uma explicação plausível para o sumiço dela (a solução está na tectônica das placas). Patterson teve de tentar explicar as coisas contando com materiais bem limitados. Até que lhe ocorreu a ideia engenhosa de contornar a escassez de rochas utilizando material de fora da Terra. Ele se voltou para os meteoritos.
    Seu pressuposto – bem ousado, mas correto, ao que se revelou – foi que muitos meteoritos são, em essência, restos dos materiais de construção dos primórdios do sistema solar que conseguiram preservar uma química interior mais ou menos intacta. Medindo-se a idade dessas rochas errantes, obter-se-ia também a idade (suficientemente próxima) da Terra.
    Como sempre, nada foi tão simples como esta descrição superficial leva a crer. Os meteoritos não são abundantes, e amostras meteoríticas não são fáceis de obter. Além disso, a técnica de medição de Brown revelou-se extremamente sensível e precisou de muitos refinamentos. Acima de tudo, havia o problema de que amostras de Patterson eram constante e inexplicavelmente contaminadas por grandes doses de chumbo atmosférico sempre que expostas ao ar. Isso acabou fazendo com que ele criasse um laboratório esterilizado – o primeiro do mundo, de acordo com pelo menos um relato.
    Patterson despendeu sete anos de trabalho paciente apenas para reunir amostras adequadas para o teste final. Na primavera de 1953, viajou até o Argonne National Laboratory, em Illinois, onde pôde utilizar a última palavra em espectrógrafo de massa, uma máquina capaz de detectar e medir as quantidades mínimas de urânio e chumbo encerradas em cristais antigos. Quando enfim obteve os resultados, Patterson, de tão excitado, dirigiu seu carro direto até a casa onde crescera, em Iowa, e pediu à mãe que o internasse num hospital, achando que estivesse tendo um ataque cardíaco.
    Logo depois, num encontro em Wisconsin, Patterson anunciou uma idade definitiva para a Terra de 4,5 bilhões de anos (com uma margem de erro de mais ou menos 70 milhões de anos) – “uma cifra que permanece inalterada passados setenta anos”, como observou com admiração McGrayne. Após duzentos anos de tentativas, a Terra enfim possuía uma idade.
    Cumprida sua missão principal, Patterson voltou a atenção à questão importuna de todo aquele chumbo na atmosfera. Ele se espantou ao descobrir que o pouco que se sabia sobre os efeitos do chumbo nos seres humanos era quase invariavelmente errôneo ou enganador – o que não surpreendia, ele descobriu, já que durante quarenta anos todos os estudos dos efeitos do chumbo haviam sido financiados exclusivamente pelos fabricantes de aditivos de chumbo.
    Num daqueles estudos, um médico sem nenhum treinamento especializado em patologia química realizou um programa de cinco anos em que se pediu a voluntários que respirassem ou engolissem grandes quantidades de chumbo. Depois a urina e as fezes dessas cobaias foram examinadas. Infelizmente, como o médico parece ter ignorado, o chumbo não é excretado como produto residual. Ao contrário, acumula-se nos ossos e sangue – daí ser tão perigoso -, e nem os ossos nem o sangue foram examinados. O resultado foi a aprovação do chumbo como inofensivo à saúde.
    Patterson logo constatou que tínhamos muito chumbo na atmosfera – continuamos tendo, na verdade, já que o chumbo nunca desaparece – e que cerca de 90% parecia advir dos canos de descarga dos automóveis, mas não conseguiu provar isso. Ele precisava de um meio de comparar os níveis de chumbo na atmosfera naquele momento com os que existiam antes de 1923, quando foi introduzido o chumbo tetraetila. Ocorreu-lhe que núcleos de gelo poderiam fornecer a resposta.
    Sabia-se que a neve que cai em lugares como a Groenlândia se acumula em camadas anuais distintas (porque diferenças sazonais de temperatura produzem mudanças ligeiras na coloração do inverno para o verão). Contando retroativamente essas camadas e medindo a quantidade de chumbo em cada uma delas, Patterson poderia calcular as concentrações globais de chumbo em qualquer época por centenas, ou mesmo milhares, de anos. A ideia tornou-se a base dos estudos de núcleos de gelo, em que se fundamenta grande parte do trabalho climatológico moderno.
    O que Patterson descobriu foi que antes de 1923 quase não havia chumbo na atmosfera, e desde aquela época seu nível crescera de forma contínua e perigosa. Sua missão de vida era fazer com que o chumbo fosse eliminado da gasolina. Para isso, tornou-se um crítico constante e, muitas vezes, ruidoso da indústria do chumbo e seus interesses.
    A campanha se mostraria infernal. A Ethyl era uma corporação global poderosa, com muitos amigos em altos cargos de governo. Patterson de repente viu suas verbas de pesquisa serem suspensas ou negadas. O American Petroleum Institute cancelou um contrato de pesquisa com ele, bem como o serviço de saúde pública dos Estados Unidos.
    Á medida que Patterson se tornava incômodo, a direção de sua instituição via-se repetidamente pressionada pelos executivos da indústria do chumbo a calá-lo ou demiti-lo.
    Patterson tem o mérito de nunca ter hesitado nem cedido. Seus esforços acabaram levando à promulgação do Clean Air Act, lei antipoluição atmosférica de 1970, e finalmente à suspensão da venda de gasolina com chumbo nos Estados Unidos em 1986. Quase de imediato, os níveis de chumbo no sangue dos americanos caíram 80%. Mas como o chumbo fica para sempre, quem está vivo hoje possui cerca de 625 vezes mais chumbo no sangue do que a população de um século atrás.
    A solda de chumbo dos recipientes de alimentos só foi removida, nos EUA, em 1993.
    O Brasil foi um dos primeiros países a deixar de usar o chumbo na gasolina automotiva, sendo que em 1992 ele estava totalmente eliminado da gasolina. Ele foi substituído pelo álcool (PETROBRAS, 2002). O álcool, além de eliminar o chumbo, trouxe consigo algumas outras vantagens do ponto de vista das emissões dos veículos, além de ser fonte renovável de energia.
    Ainda hoje existem países que utilizam significativamente o chumbo no combustível.
    Quanto à outra praga legada por Thomaz Midgley, os clorofluorcarbonos foram proibidos nos Estados Unidos em 1974, mas continuam sendo introduzidos em grandes quantidades na atmosfera, pois em países subdesenvolvidos e emergentes o gás só seria proibido em 2010.
    No Brasil desde 1999, já não se produzem mais veículos e condicionadores de ar com CFC. A partir de 2001, não se fabricam mais refrigeradores domésticos e comerciais com esses gases. Para eliminar os CFCs remanescentes e gerenciar o seu passivo, o Governo Brasileiro desenvolveu uma série de projetos com o objetivo de impedir que os CFCs contidos nos equipamentos produzidos naquele período sejam lançados na atmosfera, principalmente nos momentos de manutenção.
    O desafio, agora, é concentra-se em outro tipo de gás prejudicial à atmosfera, os HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), também usados como fluido de refrigeração para geladeiras e aparelhos de ar condicionado. Estes surgiram como alternativa aos CFCs, já que têm uma capacidade 90% menor de destruir a camada de ozônio, por conterem hidrogênio em sua composição, o que muda as propriedades da substância, explica o oficial de projetos do PNUD, Ruy de Goes. "Porém, estes elementos continuam agredindo a atmosfera, ainda que em menor escala”, afirma. “E são supergases de efeito estufa, ou seja, têm potencial altíssimo para aumentar o aquecimento global", acrescenta.
    A meta do Protocolo é abolir os HCFCs até 2040 nos países signatários do acordo, gradativamente.


*Os livros são Mysteries of Terra e The Dating Game; ambos transformaram seu nome em “Claire”.
**Nature, “The rocky road to dating the Earth”, 4 de janeiro de 2001, p.20.
Fontes:
Bryson, Bill (2004), Breve história de quase tudo, Companhia das Letras, pp. 159–169
http://www.mma.gov.br/clima/protecao-da-camada-de-ozonio/historico-das-acoes-brasileiras/gerenciamento-do-passivo-de-cfcs - acessado em 30/06/2014
http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/5mostra/5/167.pdf -acessado em 30/06/2014
http://memoria.petrobras.com.br/acervo/chumbo-tetraelita-e-retirado-da-gasolina#foto-destaque-depoimento/0/ - acessado em 30/06/2014
http://www.pnud.org.br/Noticia.aspx?id=2273 – acessado em 30/06/2014



quinta-feira, 26 de junho de 2014

Estrutura vertical da atmosfera (Parte 2) - Balões com Wi-Fi

A internet é uma rede mundial? Digamos que sim, mas isso é um evidente exagero. “Temos a palavra world (mundo em inglês) em www (sigla para world wide web) justamente pelo conceito de que essa é a primeira plataforma aberta para a comunicação entre quaisquer seres humanos” disse o físico Tim Berners-Lee, que em 1989 desenvolveu  o protocolo www, base da rede.
Mas, de fato, a web não está perto de ligar a todos. Há 2,5 bilhões de pessoas com acesso. É impressionante, ainda mais em comparação aos 745 milhões que estavam on-line há dez anos. Só que os off-line continuam a superar os on-line. Dois em cada três indivíduos permanecem sem acesso. O problema: para funcionar, a rede depende de uma estrutura caríssima, composta de antenas e satélites.
O projeto Loon , desenvolvido em sigilo no Google X, laboratório em Mountain View, o coração do Vale do Silício, situado no único prédio da companhia inacessível a todos os googlers, apelido dado aos funcionários da companhia (Só quem é do X entra no  X) esse projeto é um plano ambicioso de levar a internet aos desconectados por meio de milhares de balões com Wi-Fi, movidos a energia solar e que sobrevoam a Terra a 20 quilômetros de altitude. Se der certo, proporcionará os benefícios da rede a moradores de regiões ermas, ou mesmo a barcos no meio do oceano.
O Loon começou em 2011, com o nome de ICARUs, em referência ao personagem da mitologia grega cujas asas de cera se derreteram quando voou próximo ao sol.
Em outubro de 2012, um jornal do Estado de Kentucky noticiou: “Objeto misterioso no céu”. Tratava-se de um Loon.
Foi realizado dia 06 de junho de 2014 um teste no Brasil, em Campo Maior, cidade de 45.000 habitantes no Piauí.

REDE DE ANTENAS QUE FLUTUAM PELA ESTRATOSFERA
Estratosfera: O Loon, balão do Google que fornece conexão com a internet flutua entre 18 e 25 quilômetros de altitude, na metade da região da estratosfera que é uma região estável, com correntes de ventos horizontais e que não é afetada por fenômenos climáticos, como tempestades.
Como voa: A estratosfera tem correntes de vento dispostas em camadas, que costumam soprar de forma mais ordenada e uniforme que em altitudes baixas, onde ocorrem fenômenos climáticos como nevascas e tempestades.
Para não coincidirem com a rota de aviões e não serem submetidos a intempéries, os balões são posicionados na estratosfera. Correntes de ventos com velocidade de 200 quilômetros por hora não permitem que objetos estacionem nessa região, o que dificultou o posicionamento dos balões.
O momento eureca foi aproveitar o vento em favor da ideia.
Os balões circulam a Terra, ora fornecendo conexão na América do Sul, ora na África.
Abrir as portas do mundo on-line para as pessoas traz inegáveis benefícios. Segundo estudo do Banco Mundial, o efeito positivo que a internet tem na educação, no empreendedorismo e em fomentar o ambiente democrático faz com que um aumento de 10% no número de pessoas on-line impulsione um crescimento de 1,3% no PIB de um país.

(Excerto da reportagem de Veja, edição 2376 de 04 de junho de 2014, de autoria de Filipe Vilicic)

                     
Questionário

1- Quais são as quatro camadas em que se divide a atmosfera?

2- Afinal de contas, levando em consideração o que foi exposto no texto; A internet é uma rede mundial ou não? Explique o seu ponto de vista.

3- Porque a estratosfera é a melhor camada da atmosfera para colocar os balões do Google?

4- Qual foi o momento eureca em favor da ideia dos balões?

5- Foi citado na reportagem que o município de Campo Maior no Piauí possui 45.000 habitantes. Sabendo-se que sua área é de, aproximadamente, 1.699 km². Qual é a densidade demográfica de Campo Maior?

Estrutura vertical da atmosfera (Parte 1)

-Graças a Deus existe a atmosfera. Ela nos mantém aquecidos.  Sem ela, a Terra seria uma bola de gelo sem vida, com uma temperatura média de -50⁰C.
No todo seu acolchoamento gasoso equivale a uma espessura de 4,5 metros de concreto protetor e sem ela os visitantes invisíveis do espaço (partículas carregadas, raios ultravioleta) nos retalhariam como pequenos punhais. Até as gotas de chuva nos nocauteariam, não fosse a resistência da atmosfera.
O fato mais impressionante sobre nossa atmosfera é sua pequena extensão. Ela sobe uns 190 quilômetros, o qual pode parecer abundante quando visto do nível do solo. Mas se reduzirmos a Terra ao tamanho de um globo de mesa comum, ela teria apenas a espessura de algumas camadas de verniz.
Por conveniência científica, a atmosfera é dividida em quatro camadas desiguais: Troposfera, Estratosfera, Mesosfera e Ionosfera (muitas vezes chamada de Termosfera). A Troposfera é a parte que nos é preciosa; sozinha, contém calor e oxigênio suficientes para a nossa sobrevivência, embora rapidamente se torne hostil à vida à medida que subimos por ela. Do nível do solo ao seu ponto mais alto, a troposfera (ou “esfera giratória”) tem uma espessura de cerca de 16 quilômetros no equador e não superior a 10 ou 11 quilômetros nas latitudes temperadas. Oitenta por cento da massa da atmosfera, praticamente toda a água e, portanto, praticamente todo o clima estão contidos dentro dessa camada fina e delicada. Com efeito, a nossa vida pende por um fio.
                                  (Exemplo de Bigorna para quem ficar com dúvida.)
Além da troposfera está a estratosfera. Quando você vê o alto de uma nuvem de tempestade se nivelando no formato clássico de uma bigorna, está olhando a fronteira entre a troposfera e a estratosfera. Esse teto invisível é conhecido como tropopausa (Pausa por completo) e foi descoberta em 1902 pelo francês Léon-Philippe Teisserenc de Bort  num balão.
                              Nuvem de tempestade se nivelando no formato clássico de uma bigorna

Mesmo em sua extensão máxima, a tropopausa não fica muito distante. Um elevador veloz, do tipo usado em arranha-céus modernos, poderia leva-lo até lá em cerca de vinte minutos, embora essa viagem não seja muito recomendável. Uma  tal subida rápida, sem pressurização, resultaria, no mínimo, em graves edemas cerebrais e pulmonares, um excesso perigoso de líquidos nos tecidos do corpo. Quando as portas do elevador se abrissem na plataforma de observação, os passageiros estariam certamente mortos ou agonizantes. Mesmo uma subida mais cadenciada seria acompanhada de grande desconforto. A temperatura a dez quilômetros de altitude pode chegar a -57⁰C e algum oxigênio extra não seria nada mal.
Depois que se deixa a troposfera, a temperatura logo aumenta de novo para uns 4,4⁰C, graças aos efeitos absorventes do ozônio (outra coisa que Bort descobriu em sua intrépida ascensão de 1902).
O ozônio é uma forma de oxigênio em que cada molécula porta três átomos de oxigênio, em vez de dois. Trata-se de uma excentricidade química, já que no nível do solo ele é um poluente, enquanto lá em cima na estratosfera é benéfico, pois absorve a radiação ultravioleta perigosa. No entanto, o ozônio benéfico não é terrivelmente abundante. Se distribuído de maneira uniforme pela estratosfera, formaria uma camada com apenas uns dois milímetros de espessura. Daí ser tão facilmente perturbável, e essas perturbações não levam muito tempo para se tornarem críticas.
Ela, a temperatura, despenca para -90⁰C na mesosfera, antes de disparar para 1500⁰C ou mais na apropriadamente denominada, mas muito instável, Termosfera, onde as temperaturas podem oscilar mais de quinhentos graus do dia para a noite – embora caiba observar que “temperatura” em tais altitudes torna-se um conceito um tanto teórico. Temperatura é realmente apenas uma medida da atividade de moléculas. No nível do mar, as moléculas de ar são tão compactas que uma molécula só consegue se deslocar por uma distância ínfima – cerca de oito milionésimos de centímetro, para ser preciso – antes de colidir com outra. Porque trilhões de moléculas estão constantemente colidindo, a troca de calor é intensa. Mas à altura da termosfera, a oitenta quilômetros ou mais, o ar é tão rarefeito que quaisquer duas moléculas estarão a quilômetros de distância e dificilmente entrarão em contato. Desse modo, apesar de cada molécula ser bem quente, há poucas interações entre ela e, portanto, pouca transferência de calor. Isso é bom para os satélites e espaçonaves porque, se a troca de calor fosse mais eficiente, qualquer objeto artificial em órbita naquele nível entraria em combustão.

(Texto extraído do livro “Breve história de quase tudo” de autoria de Bill Bryson)



Questionário

1 - Os fenômenos meteorológicos mais importantes ocorrem na:
a)Estratosfera b)Troposfera c)Tropopausa d)Mesosfera

2- A Ozonosfera, está situada na:
a)Estratosfera b)Exosfera c)Camada D d)Ionosfera

3- A Troposfera se estende na vertical sobre o Equador terrestre, até:
a)9 km b)5 km c)12 km d)19 km

4- A camada da atmosfera que se situa entre a troposfera e a estratosfera denomina-se:
a) Ionosfera b) Baixa atmosfera c) Exosfera d)Tropopausa

5- Porque a temperatura logo aumenta assim que deixamos a troposfera?

6- Porque a temperatura se torna um conceito um tanto teórico em altitudes elevadas?





domingo, 22 de junho de 2014

Se fosse possível e você cavasse um buraco na Terra que saísse do outro lado veja aonde você sairia.


Análise do setor industrial Brasileiro



    O Brasil cria muitas dificuldades para o exportador, com exceção daquele que quer vender para o Mercosul. Há dificuldade de fluxo de navios, o frete internacional a partir daqui é caro, os portos são deficientes e custa muito mais encher um contêiner. Além dessa dificuldade operacional, há ainda o câmbio valorizado, que tira a competitividade de um produto feito no Brasil. Na China, por exemplo, existe um fluxo logístico altamente vantajoso, além da questão da moeda, desvalorizada em relação ao dólar. O Brasil precisa melhorar a sua infraestrutura e competitividade. No Brasil a carga tributária é muito pesada e novamente tendo a China como exemplo, vemos que lá praticamente não há tributo no processo industrial, sobretudo nos produtos voltados à exportação. As empresas pagam fundamentalmente o imposto de renda – no máximo, de 15%. Aqui, há toda a
quela carga de tributos na cadeia produtiva: ICMS, ISS, PIS, Cofins.
    A perda de competitividade do setor industrial está muito mais ligada ao sistema tributário brasileiro do que a falta de investimentos em máquinas ou pesquisa e desenvolvimento.
    Cada vez mais, grandes grupos nacionais mudam suas sedes para a Europa e os Estados Unidos por causa da tributação que o governo resolveu fazer sobre a transferência de lucros entre empresas do mesmo grupo.

(Excerto da entrevista que Carlos Tilkian, presidente da Estrela, concedeu a Otávio Cabral para a revista Veja edição 2376)

Metrópoles



    É na direção delas que a humanidade caminha. Hoje 85% dos brasileiros vivem nas cidades. Criadas para facilitar a troca de mercadorias, elas evoluíram para se transformar no local, por excelência, dos encontros – de ideias, parcerias, projetos. Isso ajuda a explicar por que, no Brasil, 167 milhões de pessoas optaram por espremer-se em um espaço equivalente a 5% do território. Entre as vantagens de viver próximo a uma grande quantidade de seres humanos está a de poder fazer escolhas – e isso inclui desde o que se vai comer no jantar até a profissão que se vai abraçar. A cidade oferece opções em ritmo caleidoscópico, a zona rural as restringe. O vetor das populações, portanto, continuará apontando para os grandes centros, e não o contrário. E é natural que, uma vez neles, as pessoas queiram usufruir o seu conforto.


(Excerto da reportagem “Para onde eles vão?” de Veja edição nº 2368 – ano 47 – nº15 de autoria de Mariana Barros)